Omar al-Bashir declarou na semana passada, por um período de um ano, o estado de emergência, que se traduz na proibição de manifestações.
África 21 Digital com Lusa
Nove sudanesas foram no sábado condenadas a 20 chicotadas e um mês de prisão, por participarem em protestos contra o Presidente, Omar al-Bashir, informou o grupo opositor Aliança Democrática de Advogados.
O veredicto foi dado por um tribunal de Cartum um dia depois de o Presidente do Sudão ter ordenado, no Dia Internacional da Mulher, a libertação de todas as mulheres detidas por participarem em manifestações que se repetem quase diariamente desde 19 de dezembro.
Omar al-Bashir declarou na semana passada, por um período de um ano, o estado de emergência, que se traduz na proibição de manifestações e no estabelecimento de tribunais excecionais para julgar as pessoas que violaram esta interdição.
Segundo a Aliança Democrática de Advogados, mais de 800 pessoas foram julgadas, tendo a maioria sido absolvida.
De acordo com a oposição, as autoridades sudanesas libertaram 38 das 41 mulheres que iam ser contempladas pela amnistia presidencial.
Os protestos que têm ocorrido desde dezembro contra Omar al-Bashir já causaram pelo menos 50 mortos, estimam a ONU e a oposição sudanesa.