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Comunidade moçambicana em França promove recolha de fundos

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A recolha de fundos, através de transferência bancária, está a ser organizada pela Associação de Moçambicanos e Amigos de Moçambique em França (AMAMOZ).


África 21 Digital com Lusa


Uma associação moçambicana está a promover uma recolha de fundos em França para ajudar as vítimas do ciclone Idai em Moçambique e o dinheiro angariado vai ser entregue diretamente às autoridades do país, foi hoje anunciado.

A recolha de fundos, através de transferência bancária, está a ser organizada pela Associação de Moçambicanos e Amigos de Moçambique em França (AMAMOZ).

“Isto não é um hábito para nós, somos uma associação ligada à cultura e à divulgação do país, mas não dá para ficar insensível ao que está a acontecer, que é um desastre terrível. E, assim, lançámos esta recolha de fundos”, explicou o presidente da AMAMOZ, Renaud Thomas, em declarações à agência Lusa.

O apelo está a ser difundido nas redes sociais em França, mas também nas rádios e nas televisões no país, com a associação a ter a expectativa de angariar mais dinheiro do que inicialmente esperava.

Esta iniciativa também está a receber o apoio da Embaixada de Moçambique em França, que tem partilhado a publicação no seu perfil oficial do Facebook.

Os fundos serão recolhidos até segunda-feira e depositados, posteriormente, na conta do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades, que está a gerir a situação humanitária no país.

Devido à atenção mediática que o impacto do ciclone está a ter, Renaud Thomas espera que as verbas angariadas ascendam a dois ou três mil euros.

“Não fazemos ideia de quanto vamos conseguir recolher, porque não temos experiência nisto. Já ultrapassámos os mil euros, mas não posso dizer quanto conseguiremos, talvez dois mil ou três mil euros. A nossa comunidade é muito pequena, mas temos sentido solidariedade e vamos agora alargar os pedidos de ajuda à comunidade portuguesa e às outras comunidades lusófonas”, declarou o presidente da AMAMOZ.

Nascido em França, mas com nacionalidade moçambicana, Renaud Thomas tem parte da família na Beira e confirma que as comunicações com aquela parte do país “são muito complicadas”, embora já tenha sabido que não houve vítimas mortais na sua família.

“Sabemos que a situação é caótica. Noventa por cento da cidade foi destruída. Do lado da minha família não há mortos, nem desaparecidos, mas perderam tudo”, relatou.

A passagem do ciclone Idai em Moçambique, Maláui e Zimbabué já provocou mais de 300 mortos, segundo balanços provisórios divulgados pelos respetivos governos desde segunda-feira.

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, anunciou na terça-feira que mais de 200 pessoas morreram e 350 mil “estão em situação de risco”, tendo decretado o estado de emergência nacional.

O país vai ainda cumprir três dias de luto nacional, até sexta-feira.

O Idai, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora, atingiu a Beira (centro de Moçambique) na quinta-feira à noite, deixando os cerca de 500 mil residentes na quarta maior cidade do país sem energia e linhas de comunicação.

A Cruz Vermelha Internacional indicou na terça-feira que pelo menos 400.000 pessoas estão desalojadas na Beira, em consequência do ciclone, considerando que se trata da “pior crise humanitária no país”.


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