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Caça furtiva é a principal ameaça ao elefante em Angola, diz ministra

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A ministra do Ambiente angolana, Paula Francisco Coelho, denunciou, em Kasane, Botswana, que a caça furtiva constitui a “principal ameaça” à sobrevivência dos elefantes em Angola, país onde “tomou já contornos de crime organizado internacional”.


África 21 Digital com Angop

Foto:Carnemark/BM

A ministra angolana participa na Cimeira do Elefante, que se realiza, terça-feira (7), naquela cidade turística twanesa.

Em declarações à Angop, a ministra disse que Angola está a atualizar os instrumentos jurídicos existentes nessa matéria. De acordo com a governante, a Comissão para a Política Social do Conselho de Ministros já aprovou a Estratégia e o Plano de Acção Nacional para a Biodiversidade.

Angola é parte das diversas convenções internacionais, tais como a da Biodiversidade(CBD), Espécies Migratórias (CMS) e  Combate ao Comércio Ilegal das Espécies Ameaçadas de Extinção(CITES).

A ministra referiu ainda os programas de conservação de elefantes, tendo sido desenvolvidos a Estratégia e o Plano de Ação  Nacional para os Elefantes, e, ainda, o Plano de Ação Nacional sobre o Marfim. Paula Francisco Coelho acrescentou que foi igualmente criada a Unidade de Combate aos Crimes Ambientes.

Segundo estimativas não oficiais, em Angola, a população de elefantes começou a crescer a partir de 2015, atingindo, na atualidade, pouco mais de três mil cabeças, contra cerca 70 mil, antes da década de 1970, ainda no período colonial, quando Angola tinha uma das maiores populações da África sub-saariana. A queda é atribuída sobretudo à guerra civil em que o país esteve mergulhado, por duas décadas,  após a proclamação da independência.

A Cimeira de Elefantes de Kasane reúne chefes de Estado, ministros e organismos de integração regional do Projeto de Conservação das Áreas Transfronteiriças do Okavango-Zambeze (KAZA), de que Angola é parte integrante.

De uma forma geral, a população de elefantes africanos diminuiu 20 por cento de 2006 a 2015 devido à procura acentuada de marfim, anunciou a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

Esta organização de defesa da vida selvagem diz que foi possível contar com precisão 415 mil elefantes em África em áreas onde foram realizadas extensas pesquisas e onde, em 2006, havia mais de 500 mil elefantes.

Em algumas áreas do continente africano, como o Sudão do Sul, Libéria e a República Centro Africana, nenhum estudo sistemático foi realizado, por isso é difícil dizer como as populações de elefantes evoluem.

De acordo com o Censo do Grande Elefante, a população da espécie em África sofreu uma assustadora queda de 30 porcento em apenas sete anos, de 2007 a 2014, e continua cair a uma taxa anual de 8 porcento.

O Botswana, com 130 mil espécimes, tem a maior população de elefantes do continente africano, reunindo cerca de 37 porcento da população ameaçada de elefantes de África.


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Escrito por: África 21 Digital

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