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Cancelada visita de seis chefes de Estado da Cedeao à Guiné-Bissau

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A visita a Bissau de seis Presidentes de países da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) não terá lugar “para já”, disse fonte do Governo guineense. Segundo a mesma fonte, os presidentes da Costa de Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Níger e Nigéria, que deveriam estar em Bissau neste sábado (16), já não terá lugar neste momento, devendo acontecer “numa nova data”.


África 21 Digital com Lusa


Segundo fonte governamental, os chefes de seis Estados daquela organização aguardam pelo relatório da missão dos líderes militares de quatro países da CEDEAO (Senegal, Níger, Nigéria e Togo) que se encontram desde quarta-feira, em Bissau.

Os chefes das Forças Armadas dos quatro países desdobram-se em contactos com as autoridades militares e governamentais guineenses, numa altura em que está em cima da mesa a possibilidade de reforço do contingente de soldados da Cedeao na Guiné-Bissau, força de interposição, denominada Ecomib.

Vários dirigentes políticos e candidatos à presidência da Guiné-Bissau já se manifestaram contrários ao reforço da força da Ecomib, defendendo ser uma invasão pela tropa estrangeira.

O dirigente do Partido da Renovação Social (PRS), Sola Nquilin, avisou que qualquer entrada de um novo contingente da Ecomib no território guineense, será vista como declaração de guerra e que terá uma resposta por parte de militares do país.

À luz do relatório dos responsáveis militares, os presidentes irão fixar a data da sua deslocação a Bissau, o que poderá acontecer antes das eleições presidenciais, marcadas para o próximo dia 24, precisou ainda a mesma fonte do Governo guineense.

A cimeira de chefes de Estado e de Governos da Cedeao, realizada no passado dia 08, no Níger, para analisar exclusivamente o agudizar da crise política na Guiné-Bissau, mandatou os seis presidentes para realizarem uma visita a Bissau com o objetivo de informarem o seu homólogo guineense, José Mário Vaz, das decisões do encontro.

José Mário Vaz não esteve presente na cimeira de Níger, por se encontrar em campanha eleitoral, visando a sua reeleição.

A Guiné-Bissau realiza eleições presidenciais em 24 de novembro, estando a segunda volta, caso seja necessária, marcada para 29 de dezembro.

A Cedeao reuniu-se extraordinariamente para discutir a situação política em Bissau, depois de José Mário Vaz ter demitido o Governo liderado por Aristides Gomes e nomeado um outro liderado por Faustino Imbali, que acabou por se demitir depois de ter sido ameaçado de ser sancionado por aquela organização.


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Escrito por: África 21 Digital

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