O economista Joaquim Pina Moura, antigo dirigente comunista e ex-ministro do governo de António Guterres, do Partido Socialista, morreu na noite de quinta-feira (20), em casa, em Lisboa, aos 67 anos, devido a prolongada doença neurodegenerativa, disse à agência Lusa o filho, o fotojornalista João Pina.
África 21 Digital com Lusa
Natural de Loriga, Seia (distrito da Guarda), Pina Moura foi membro do Partido Comunista Português entre 1972 e 1991, tendo aderido ao Partido Socialista em setembro de 1995.
Economista, funcionário do PCP durante vários anos, tendo integrado o Comité Central e diversos organismos de direção partidária, deixou o partido no quadro de uma grande dissidência que levou à saída do PCP de centenas de quadros e militantes.
Com o Partido Socialista no Governo, Pina Moura foi um dos “braços direitos” de Guterres, o que lhe valeu a alcunha de “cardeal”.
De secretário de Estado Adjunto de António Guterres, em 1995, o economista passou para ministro da Economia em 1997.
Em 1999, ganhou novo cognome, o “superministro”, ao juntar as pastas da Economia e das Finanças, que concentravam toda a política económica.
Pina Moura foi ainda administrador da Galp e presidente da Iberdrola Portugal.
“Foi com profunda tristeza que soube do falecimento do meu amigo Joaquim Pina Moura”, escreveu o secretário-geral da ONU.
“Teve uma vida de grande dedicação a causa pública, como eu próprio pude testemunhar durante anos de trabalho conjunto”, sublinhou Guterres, que entre 1995 e 2002 teve Joaquim Pina Moura como secretário de Estado Adjunto (1995) e como ministro da Economia e das Finanças (1999).
António Guterres enviou ainda “um grande abraço de solidariedade” à família e amigos do antigo ministro.