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Avião que aterrou ilegalmente na Guiné-Bissau não tem drogas, armas ou explosivos – PM

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O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Nuno Gomes Nabiam, afirmou hoje no parlamento que o avião que aterrou ilegalmente na Guiné-Bissau não tem droga, nem armas, nem explosivos, segundo informações preliminares dos peritos internacionais.


África 21 Digital com Lusa



“Mandei vir uma equipa de peritos para averiguar, já fizeram o seu trabalho, mas de forma preliminar disseram-me que o avião não tem nem drogas, nem armas, nem explosivos. Disse para mim mesmo ‘Deus obrigado, ainda bem que assim é’”, afirmou Nuno Gomes Nabiam, durante uma interpelação dos deputados.

Segundo o primeiro-ministro guineense, o relatório será divulgado “para que todos os guineenses saibam o que o avião traz na verdade”.

“Agora há um problema grande. Quando o avião saiu da Gâmbia foram limpos os registos do aparelho do sistema de radar internacional”, disse, salientando que é que como se a Gâmbia “tivesse empurrado o problema” para a Guiné-Bissau.

“Fazer sair este avião daqui vai ser um problema”, salientou Nuno Gomes Nabiam.

Nuno Gomes Nabiam disse que é difícil ser primeiro-ministro do país quando é preciso passar o tempo todo a “tentar criar consensos entre as pessoas”, mas que decidiu ficar no cargo porque é preciso “estabilizar a Guiné-Bissau”.

“Temos que ter muita calma e ponderação na resolução dos problemas do país. Portanto, perante toda a informação que já se sabe sobre o avião não percebo a necessidade de criação de uma nova comissão de inquérito a ser dirigida pela Procuradoria-Geral da República”, disse.

Nuno Gomes Nabiam disse também que chegou ao país a 02 de novembro e ninguém lhe soube explicar a proveniência e titularidade do avião estacionado no aeroporto desde dia 29 de outubro.

“Nem o Presidente da República, nem os ministros responsáveis pela área da Segurança, nem o Estado-Maior das Forças Armadas sabiam de nada. Dei 48 horas ao ministro do Interior para me informar, através de um relatório, o que se passava com o avião”, disse.

O primeiro-ministro explicou que a tripulação do avião, que abandonou o país, era turca e que o relatório do Ministério do Interior informou também que o avião trouxe fardamento militar, mas o “Estado-Maior das Forças Armadas disse que não sabe de nada”.

“É tudo muito estranho, daí a minha suspeita, enquanto técnico aeronáutico e por isso mandei reter o avião para averiguações. Tudo isso adensou-se quando o ministro da Justiça disse em pleno Conselho de Ministros que mais de 15 toneladas de cocaína estariam no país”, explicou.

Nuno Gomes Nabiam disse ter ficado preocupado porque tinha informações de um avião que aterrou no Mali com 10 toneladas de cocaína e que o “aparelho tinha matrícula da Guiné-Bissau”.

“O que eu posso dizer é que alguns elementos do Estado sabiam da proveniência do avião, mas como não tem havido comunicação entre nós, se calhar o problema podia ser tratado de outra forma. Todo o mundo da aviação civil está com os olhos postos sobre a Guiné-Bissau por causa deste avião”, disse.

“O Governo, o Presidente da República, o povo da Guiné-Bissau estão sob os holofotes internacionais. É minha obrigação limpar o nome da Guiné-Bissau”, acrescentou.

O avião aterrou em Bissau a 29 de outubro a pedido do gabinete do chefe de Estado do país, Umaro Sissoco Embaló. Nuno Gomes Nabiam decidiu impedir o avião de sair do país e anunciou uma investigação externa ao avião, pedindo apoio da comunidade internacional.


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Escrito por: África 21 Digital

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