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Putin defende guerra na Ucrânia e diz que “reforço da soberania” é principal tarefa da Rússia

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Em conferência de imprensa realizada nesta quinta-feira (14) em Moscou, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, abordou várias questões de política interna e internacional, entre elas perguntas relativas às guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza.


África 21 Digital com Sputnik



Putin, em resposta a questão sobre a situação atual na Ucrânia e na Faixa de Gaza, disse que na “zona da operação militar especial” – conforme a designação oficial das autoridades de Moscou para a intervenção militar na Ucrânia -, não há qualquer semelhança com Gaza.

“Agora mesmo falamos sobre a situação relacionada à crise ucraniana, mas você, todos os presentes aqui e em todo o mundo, podem ver: olhem para a operação militar especial e o que está acontecendo na Faixa de Gaza, e vejam a diferença. Não há nada semelhante na Ucrânia. Vocês mencionaram a morte de milhares de crianças, mulheres. O secretário-geral da ONU classificou a Faixa de Gaza de hoje como o maior cemitério de crianças do mundo. Essa avaliação diz muito”, disse Putin.

De acordo com o presidente russo, é necessário criar as bases para um acordo israelo-palestino, para resolver a questão do estabelecimento de um Estado palestino.

Sobre o conflito russo-ucraniano, Putin acusou Kiev de estar empurrando o seu povo para o extermínio e disse que os próprios militares ucranianos afirmam que é um caminho sem retorno.

Como a Ucrânia não quer concordar com sua desmilitarização, a Rússia é forçada a usar outras medidas, incluindo militares, afirmou Vladimir Putin.

O chefe de Estado russo enfatizou que a Ucrânia já não produz quase nada, embora esteja tentando preservar o que resta da indústria. “Eles recebem tudo, perdoem a palavra, de borla [grátis], mas essa borla pode acabar em algum momento. E, ao que tudo indica, está acabando pouco a pouco.”

Segundo Putin, o Ocidente entregou tudo o que havia prometido entregar à Ucrânia e ainda mais, mas que a Rússia destrói esse equipamento militar durante as operações militares.

Quanto à questão da desnazificação, ela segue sendo atual, declarou o presidente da Rússia. “O chefe do governo atual de Kiev, na frente do mundo inteiro, aplaude de pé um ex-soldado do [grupo paramilitar nazista] SS que esteve diretamente envolvido no Holocausto, no extermínio de um milhão e meio de judeus na Ucrânia, russos e poloneses, aplaude de pé. Isso não é uma manifestação de nazismo? Por isso, a questão da desnazificação é urgente”, afirmou.

O presidente contestou também que o seu país enfrente dificuldades na mobilização de militares para combaterem na Ucrânia. Segundo ele, o número de cidadãos que estão prontos para defender os interesses da Rússia com armas na mão não está diminuindo. Putin afirmou que diariamente 1,5 mil voluntários se apresentam para combater nas Forças Armadas e que está previsto recrutar até 500 mil voluntários para as Forças Armadas russas até o final deste ano

A principal tarefa da Rússia é o reforço da sua soberania, segurança nas fronteiras e garantia dos direitos e liberdades dos cidadãos, afirmou o líder russo.

“Eu já disse isso muitas vezes, mas não é pecado me repetir. Para um país como a Rússia, a existência, simplesmente a existência de nosso país sem soberania é impossível. Ele simplesmente não existirá [nesse caso], pelo menos na forma em que existe hoje e na qual existe há mil anos”, disse.


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Escrito por: África 21 Digital

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