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Ex-presidente de Moçambique diz desconhecer relatório da Kroll sobre dívidas

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O ex-presidente moçambicano Armando Guebuza disse não estar em condições de emitir qualquer comentário sobre o recém-publicado relatório da auditoria internacional independente feita pela Kroll “Associates UK” às contas das empresas Ematum, Proindicus e Mozambique Assets Management (MAM).


África 21 Digital, com agência


                            Armando Guebuza                                                            Foto: Notícias/Arq

A Kroll Associates UK, consultora internacional, foi contratada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para verificar a existência ou não de infracções de natureza criminal nas três empresas moçambicanas, no quadro das “dívidas ocultas”, contraídas durante o período em que Guebuza era presidente da República, informa a agência AIM.

No período entre 2013/14, o governoemitiu garantias para empréstimos superiores a dois bilhões de dólares americanos, recebidos dos bancos Credit Suisse e VTB da Rússia.

A operação constitui uma violação flagrante à Constituição, uma vez que apenas a Assembleia da República, o parlamento moçambicano, tem a prerrogativa de autorizar o volume da dívida contraída pelo Estado.

No entanto, Guebuza disse domingo, na Praça dos Heróis Moçambicanos, em Maputo, desconhecer o conteúdo do relatório da Kroll, daí não estar em condições de emitir quaisquer comentários sobre a matéria.

“Ainda não tive acesso ao relatório, por isso não posso fazer nenhum comentário”, disse o antigo presidente, mesmo ante a insistência de jornalistas com o facto de essas dívidas terem sido contraídas na altura em que dirigia os destinos do país.

O sumário executivo relatório da Kroll foi saudado tanto pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e a embaixada da Suécia. Na óptica do FMIo, a sua publicação constitui um passo muito importante para uma maior transparência relativamente aos empréstimos das três empresas.

A embaixada da Suécia, na qualidade de financiador da auditoria independente, também saúda o relatório e afirma que servirá como contributo para o processo de responsabilização liderado pela PGR.


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