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Primeiro-ministro da Guiné-Bissau diz que devem ser os “próprios guineenses a encontrarem uma solução”

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O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Umaro Embaló, disse, na Cidade da Praia, que “sempre é bem-vinda a mediação de povos irmãos, como o de Cabo Verde” no conflito que opõe os partidos políticos naquele país da África Ocidental.


África 21 Digital com Inforpress


Primeiro-ministro da Guiné Bissau e presidente de Cabo Verde                                                                                   Foto: Inforpress

Em declarações exclusivas à Inforpress, terça-feira (17), o chefe do governo guineense disse que a sua visita de poucas horas a Cabo Verde visa “reforçar as relações de cooperação” que sempre existiram entre o seu país e o arquipélago.

O chefe do Governo guineense fez estas afirmações no final de um encontro de menos de uma hora com o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca. Entretanto, momentos antes foi recebido pelo seu homólogo cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva.

Para mostrar que o seu país está interessado em reforçar as relações de amizade e cooperação com Cabo Verde, anunciou, sem precisar a data, que o novo embaixador da Guiné-Bissau “apresentará brevemente” as cartas credenciais ao Presidente Jorge Carlos Fonseca, que o mesmo terá residência na Cidade da Praia e que vai ser nomeado ainda esta semana.

À pergunta se esta visita relâmpago a Cabo Verde tem a ver com algum pedido no sentido de Praia ajudar a resolver o problema político por que passa, neste momento, a Guiné-Bissau,  Umaro Embaló respondeu nesses termos: “A Guiné-Bissau já não tem problemas políticos. A crise da Guiné tem de ser ultrapassada pelos próprios filhos da Guiné. Mas, sempre é bem-vinda a mediação de povos irmãos, como o de Cabo Verde”.

Diante da insistência do jornalista se Cabo Verde poderá ser um mediador para que a Guiné-Bissau consiga ultrapassar a atual situação, Embaló reiterou que devem ser os “próprios guineenses a encontrarem uma solução”.

O chefe do Governo guineense fez-se acompanhar de uma importante delegação integrada pelos ministros do Turismo e do Comércio.

Relativamente à participação da Guiné-Bissau no IV Fórum Mundial sobre o Desenvolvimento Económico Local, que decorre de 17 a 20, na capital cabo-verdiana, Umaro Embaló precisou que a presença dele em Cabo Verde é para “testemunhar a importância deste fórum. Não vou participar, mas deixo alguém”.

“Cabo Verde é a última etapa da minha visita à sub-região (africana). Já estive em todos os países da CEDEAO (Comunidade Económica para o Desenvolvimento da África Ocidental), Nações Unidas, União Europeia e deixei Cabo Verde para o último, a fim de testemunhar também a solidariedade do povo cabo-verdiano”, sublinhou o primeiro-ministro bissau-guineense.

Instado a pronunciar-se sobre o pedido que um grupo de partidos políticos fez ao secretário-geral das Nações Unidas no sentido da intervenção da comunidade internacional para a aplicação dos acordos de Conacri e Bissau,  Umaro Embaló afrimou: “Partidos políticos, não. É o PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), que é o meu próprio partido. Convido-te a leres o acordo de Conacri. Se o leres, verás que aquilo é só politiquices”, considerou.

“ O acordo fala de primeiro-ministro de consenso e de confiança do Presidente (da Guiné-Bissau). Se o Presidente me nomeou é porque ele tem confiança em mim. E tenho a maioria no Parlamento. Se formos ao parlamento vamos ver quem tem a maioria”, acrescentou.

Na carta, os partidos salientam estar convencidos que só a “determinação e a firmeza da comunidade internacional em exigir a pronta implementação dos Acordos de Bissau e de Conacri constituem a única solução pacífica para a crise vigente na Guiné-Bissau”.


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