O Presidente queniano, Uhuru Kenyatta, concluiu visita a Moçambique, com reforço da cooperação na agenda. Kenyatta manteve conversações com o presidente Filipe Nyusi e com membros do governo moçambicano.
África 21 Digital com AIM
No sábado, último dia da visita, Uhuru Kenyatta recebeu em Maputo, capital moçambicana, das mãos do Presidente do Município, David Simango, as chaves da cidade.
Este é um gesto que simboliza o reconhecimento dos seus préstimos no desenvolvimento de seu povo queniano, e de países irmãos. O acto testemunhado pelos membros da Assembleia Municipal.
Kenyatta agradeceu a oferta, e disse que as cidades de Maputo e Nairobi, capital queniana, têm características peculiares em movimentos demográficos diários, bem como na prestação de serviços aos seus residentes.
Citou como exemplo o facto de ambas serem cidades metropolitanas, centros de negócios e com elevadas taxas de crescimento demográfico.
“Maputo e Nairobi têm algo em comum”, disse, sublinhando que através do Acordo do Comércio Livre, assinado por 44 países africanos, há uma semana, durante uma cimeira extraordinária da União Africana, que se realizou em Kigali, capital do Ruanda, ambas cidades “podem se sentir cada vez mais próximas”.
Segundo o estadista queniano, a cooperação tem significado quando as populações dos países circulam livremente. “Somos duas nações que partilhamos os mesmos valores, as mesmas democracias”, afirmou, acrescentando que a exaltação da democracia observa-se quando membros de partidos diferentes trabalham juntos em prol do desenvolvimento dos povos.
Por seu turno, Simango vincou que a chave exprime um simbolismo de que as portas da cidade de Maputo estão abertas. “Que venha muitas vezes”, disse.
Simango fez um breve historial da cidade de Maputo, afirmando que a partir de hoje passa a contar com 1.101.162 habitantes, incluindo o estadista queniano e sua esposa.
O autarca também manifestou o desejo das autoridades moçambicanas de estreitar cada vez mais as relações de amizade e cooperação entre ambos países, particularmente entre Maputo e Nairobi.
Sublinhou que Moçambique e Quénia partilham uma história comum e que ambas almejam a paz.
“Efectivamente, somos um povo que deseja a paz e sentimo-nos humildes pela unidade e humanidade que África representa”, disse, apontando à mesma descendência histórica dos africanos.
Ontem, Kenyatta foi recebido pelo Chefe do Estado moçambicano, Filipe Nyusi, um encontro que foi seguido de conversações oficiais entre as delegações dos dois países.