Cerca de 4,6 milhões de turistas poderão entrar em Angola nos próximos dez anos, segundo o secretário de Estado para Relações Exteriores, Teté António.
O secretário de Estado discursou no encerramento da reunião metodológica sobre os acordos de supressão e facilitação de vistos em passaporte ordinário, dirigido aos efetivos dos ministérios das Relações Exteriores, Interior e do Turismo.
Segundo Teté António, os progressos em curso no processo de integração económica, no continente africano, terão um impacto considerável na circulação de pessoas e bens.
Explicou que as perspectivas desta integração económica, consubstanciada na criação de mecanismos, como a zona de livre comércio a nível continental e nas comunidades económicas de que Angola faz parte, incluindo a SADC, concorrem igualmente para um maior fluxo de circulação de pessoas e bens.
Disse ainda que, para essa dinâmica, concorrem fatores demográficos do continente africano, cuja população atingirá 2,5 bilhões de pessoas em 2050 ou seja 26% da população mundial, na sua maioria constituída por jovens, com maior capacidade de mobilidade na região.
O seminário permitiu analisar e definir os mecanismos de controlo e acompanhamento a partir dos postos fronteiriços, visando minimizar a imigração ilegal e outros fenómenos que possam vir a influenciar negativamente os usos e costumes do povo, perigando a estabilidade e a soberania do país.
No quadro do Plano Intercalar definido pelo Executivo para a melhoria do ambiente de negócios e o aumento da produtividade e competitividade nacional, o presidente de Angola, João Lourenço, decretou a isenção de vistos a cinco países, nomeadamente Botswana, Ilhas Maurícias, Ilhas Seychelles, Zimbabwe e Singapura.
O mesmo diploma estabelece o regime de isenção e os procedimentos de simplificação dos atos administrativos para concessão de visto de turismo aos cidadãos de 35 países, nos termos da lei sobre o Regime jurídico dos Estrangeiros da República de Angola.
Dos países abrangidos nove são de África, nomeadamente Lesotho, Madagáscar, Malawi, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Marrocos, Swazilândia, Argélia e Zâmbia e oito da América (Argentina, Uruguai, Brasil, Canadá, Chile, Cuba, Estados Unidos da América e Venezuela) e sete da Ásia (Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, China, índia, Indonésia, Israel e Japão).
A simplificação dos atos administrativos para a concessão de vistos de turismo, abrange ainda os estados membros da União Europeia e oito outros Estados do continente europeu, nomeadamente a Noruega, Reino Unido, Islândia, Mónaco, Rússia, Suíça e Vaticano.
Austrália, Nova Zelândia e Timor Leste são os três estados da Oceânia abrangidos pelo mecanismo de simplificação dos atos administrativos para a concessão de vistos de turismo.