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Incêndio no Museu Nacional do Rio só foi controlado de madrugada e acervo de 200 anos está perdido

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O incêndio no Museu Nacional do Rio de Janeiro, situado na Quinta da Boa Vista, na capital fluminense, foi controlado apenas por volta das 3h da manhã desta segunda-feira (3). Os bombeiros continuam no local em operações de rescaldo. O acervo de 200 anos, com cerca de 20 milhões de itens está quase completamente perdido. As causas do fogo ainda não foram determinadas.


África 21 Digital com Portugal Digital


Foto: Reprod.GloboNews

O Corpo de Bombeiros informou que a partir das primeiras horas desta manhã homens de 13 quartéis e 24 viaturas estavam no local. Integrantes da Polícia Federal, Polícia Militar e da Guarda Municipal, além de profissionais de saúde, também foram chamados para colaborar com os trabalhos.

Segundo os  bombeiros, praticamente tudo foi destruído. Quando as equipes chegaram ao local, por volta das 19h30 de domingo (02), conseguiram recuperar itens da parte de botânica e alguns documentos. O restante foi completamente consumido pelas chamas, informa o portal G1.

O Museu Nacional do Rio é a instituição científica mais antiga do Brasil, com um acervo de mais de 20 milhões de itens. Aproximadamente 3 milhões de itens estavam guardados em outro prédio.

O combate às chamas foi dificultado por problemas no fornecimento de água. De acordo com testemunhos de funcionários, dois hidrantes não funcionaram.

Do acervo do museu faziam parte coleções de geologia, paleontologia, botânica, zoologia e arqueologia. No local, estava a maior coleção de múmias egípcias das Américas.

O museu guardava também “Luzia, o mais antigo fóssil humano encontrado nas Américas, que remete a 12 mil anos, e representa uma jovem de 20 a 24 anos. No museu, havia ainda o esqueleto do Maxakalisaurus topai, maior dinossauro encontrado no Brasil.

O diretor-adjunto do museu, Luiz Fernando Dias Duarte, em declarações ao canal GloboNews disse que houve “descaso” de vários governos com o museu e que desde há anos a instituição tenta verba para uma reestruturação

“Passamos por uma dificuldade imensa para a obtenção desses recursos. Agora todo mundo se coloca solidário. Nunca tivemos um apoio eficiente e urgente para esse projeto de adequação do palácio. Para retirar a administração, arquivo e centro acadêmico do palácio.”

Fundado por D.João VI em 1818, o museu é vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com perfil acadêmico e científico. Tem nota elevada nos institutos de pesquisa por reunir peças raras, como esqueletos de animais pré-históricos e múmias.

O edifício, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), acolheu a primeira Assembleia Constituinte Republicana, de 1889 a 1891, antes de ser destinado a museu, em 1892.


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Escrito por: África 21 Digital

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