A Conferência Episcopal Nacional do Congo (CENCO) e a Igreja do Cristo no Congo (ECC) pediram à Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) para manter a sua promessa de organizar as eleições a 30 de dezembro de 2018, segundo um comunicado conjunto das duas entidades.
África 21 Digital com Panapress
Foto:ONU
“O povo congolês não vai tolerar um novo adiamento das eleições”, lê-se neste documento assinado pelos monsenhores Marcel Utembi e André Bokoundoa, respetivamente presidentes da ECC e da CENCO.
As duas personalidades referiram-se a diversas reações registadas no país, depois dos diferentes adiamentos destas eleições.
Porém, encorajam a CENI a manter a sua promessa de facilitar o acesso a observadores e a testemunhas nas assembleias de voto e nos Centros Locais de Compilação dos Resultados (CICR).
As duas entidades pedem-lhe também para divulgar apenas resultados saídos da contagem manual, recebidos dos CICR e cujas atas deverão ser afixadas diante de diferentes assembleias de voto.
Condenaram, por outro lado, a intolerância política e atos de violência que causaram perdas de vidas humanas durante a campanha eleitoral, exortando aos líderes políticos, particularmente os candidatos à presidência da República, a lançarem um apelo aos seus apoiantes para a não-violência.
Instam igualmente o povo congolês a continuar a trabalhar para a paz e a unidade da nação e a participar massivamente no escrutínio.
Ao Governo congolês, os dois prelados pediram para assegurarem o funcionamento normal da Internet e das SMS a fim de garantirem a transparência durante e depois das eleições.