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Países lusófonos apelam na ONU a mais ajuda a Moçambique

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O Conselho Económico e Social das Nações Unidas (ECOSOC) defende um reforço da solidariedade para responder ao impacto do ciclone Idai, em Moçambique, numa reunião extraordinária marcada pelos apelos dos países lusófonos sobre as fases de reconstrução e resiliência.


África 21 Digital com Lusa


Foto: Mark Garten / ONU

“Na ONU, países lusófonos pedem que ajuda pós-ciclone Idai não seja interrompida”, lê-se num comunicado distribuído hoje pelas Nações Unidas sobre a reunião extraordinária do ECOSOC que debateu a resposta ao desastre foi marcada por repetidos apelos de apoio às fases de reconstrução e resiliência, após o ciclone que afetou mais de três milhões de pessoas em Moçambique, no Maláui e no Zimbábue.

O embaixador de Moçambique junto da ONU, António Gumende, disse, segundo o texto distribuído, que “a atenção internacional é notável” e defendeu a continuidade da ajuda: “Já estamos a falar da eclosão de incidentes de cólera, e nos próximos tempos poderemos ter também um aumento de pessoas afetadas pela malária, quando as águas estagnadas começarem a criar condições para a reprodução dos vetores de transmissão”, alertou.

“A atmosfera e os pronunciamentos, de todos os quadrantes da comunidade internacional, durante esta reunião, revelam o interesse permanente, tanto dos Estados-membros, como das organizações internacionais, como até de algumas organizações da sociedade civil que estiveram presentes no encontro, portanto, foi um desfecho encorajador”, conclui o embaixador.

A embaixadora de Angola junto das Nações Unidas, em declarações à ONU News, disse que espera mais anúncios da comunidade internacional e deu o exemplo do seu país, que enviou helicópteros da Força Aérea, socorristas, material e médicos para a zona da Beira.

“Angola continuará sempre solidária com os países-irmãos e disposta a colaborar dentro de tudo aquilo que estiver ao nosso alcance. Outros países deverão também ajudar. Foi essa a declaração que fizemos, no sentido de outros países continuarem a prestar o seu apoio, nomeadamente os países doadores para que os organismos internacionais possam continuar a fazer o seu trabalho de socorro, não só a curto mas a longo prazo, porque as maiores consequências ver-se-ão a partir de agora com casos de malária, com casos de todo o tipo de doenças em consequência da acumulação de águas e o prejuízo todo que o ciclone provocou”, disse.

Portugal, por seu turno, “destacou a solidariedade que marca tanto o país e como comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo, para apoiar às vítimas do desastre”, afirmou o representante português na ONU, Francisco Duarte Lopes.

“No âmbito da nossa parceria com Moçambique, estamos a apostar estrategicamente em setores como a saúde, a educação e a melhoria das infraestruturas. Continuamos com alguns elementos desta resposta imediata de emergência no país”, disse.

“Estamos, nomeadamente, a trabalhar no tratamento de água, no abastecimento de água às populações. Mas estamos já também a pensar em ações de mais médio e longo prazo para ajudar Moçambique nesse esforço de resiliência e de estar em melhores condições para, da próxima vez, responderem melhor a estas catástrofes naturais”, disse o embaixador português junto das Nações Unidas.

No final da reunião, a vice-secretária-geral da ONU, Amina Mohammed, disse que a comunidade internacional garantiu cerca de 11% dos 392 milhões de dólares (350 milhões de euros) de ajuda necessária aos países afetados pelo ciclone Idai e apelou a um reforço do apoio aos três países afetados, segundo a ONU News, já que apenas foram garantidos pelos doadores cerca de 46 milhões de dólares (41 milhões de euros).


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