Novo comandante das tropas da ONU na RD Congo, Ricardo Augusto Costa Neves, toma posse em 22 de janeiro.
África 21 Digital com ONU News
O objetivo das Nações Unidas de enviar mais mulheres militares às suas forças de paz pelo mundo deve receber todo o apoio do novo comandante das tropas da ONU na República Democrática do Congo, RD Congo.
O general brasileiro Ricardo Augusto Costa Neves, que assume o posto em 22 de janeiro, falou à ONU New, em Nova Iorque, sobre seus planos de apoiar uma maior participação feminina nos processos e na consolidação da paz.
“Não há dúvida nenhuma que contar com as mulheres nas operações de paz, nas mediações, nas prevenções ou soluções dos conflitos tem se mostrado extremamente eficiente. A perspectiva que a mulher traz para a análise e condução dessas atividades é uma coisa que é inquestionável. Portanto eu, obviamente, é claro que vou dar o apoio e me esforçar para que nós tenhamos cada vez mais participação dessas mulheres nas missões de paz. Em todas as atividades que eles estão presentes, a marca de qualidade também se faz presente.”
Atualmente, a ONU tem 13 operações de paz no mundo. Os maiores contingentes de mulheres nas tropas estão na Monusco e na Missão da ONU no Sudão do Sul, Unmiss.
No caso de policiais, a participação feminina é de 11% em todo o mundo.
Costa Neves lembrou que a força de paz da ONU na República Democrática do Congo tem um contingente total de 15% de mulheres
Angola
Durante a entrevista, o general brasileiro diz que deve “juntar forças” e trabalhar com afinco para cumprir o mandato da missão no país.
“Então, a perspectiva de trabalhar num ambiente multidimensional com vários, todos os componentes da Missão. E com todos os setores inclusive do próprio Congo, para que nós possamos entregar para o próprio Congo para que nós possamos entregar para a população do Congo uma situação mais adequada e mais compatível com o que eles precisam.”
Com mais de 30 anos de carreira, Costa Neves foi comandante da Academia Militar de Agulhas Negras até 2018 e trabalhou como boina-azul da ONU em Angola de 1995 a 1996, como observador militar.