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Alemanha aumenta nível de alerta para gás devido a redução do fornecimento russo

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A Alemanha anunciou hoje (23) a subida para a fase 2, numa escala de 3, no plano de emergência para o gás. Este nível significa um risco elevado de escassez de abastecimento a longo prazo.
A fase 2 permite que as concessionárias repassem para a indústria e para as famílias parte dos custos elevados que estão a ter na produção de energia. O governo alemão ainda não deu luz verde a este aumento para os consumidores domésticos e empresariais e poderá “apoiar” os intervenientes no mercado para fazer face aos preços elevados.
“Será uma estrada cheia de pedras que temos que percorrer como país”, disse o ministro da Economia, Robert Habeck. “Mesmo que ainda não sintamos, estamos numa crise de gás. O gás é agora um recurso escasso”.
A crise aumentou na semana passada após cortes acentuados no principal duto de gás para a Alemanha.
A decisão segue-se à queda de 60%, desde a semana passada, do fornecimento de gás via Nord Stream à Alemanha pelo grupo russo Gazprom, que reivindica um problema técnico. Esta decisão teve um forte impacto em vários países europeus, em particular na Alemanha, Itália e França.
A Alemanha depende da Rússia para mais de um terço de seu fornecimento de gás. Promulgou a fase inicial de “alerta precoce” no final de março, quando as exigências do Kremlin de pagamento em rublos levaram a Alemanha a preparar-se para um possível corte no fornecimento. O terceiro e mais alto nível de “emergência” envolveria o controlo estatal sobre a distribuição.
 
As reservas na Alemanha são atualmente de 58%, um nível “mais elevado do que a média dos últimos anos”. Mas se as entregas através do gasoduto Nordstream “permanecerem a um nível baixo”, o “nível de armazenamento de 90%” recomendado pela lei alemã “não será atingido”, de acordo com o governo alemão.
A Alemanha já anunciou no domingo a sua decisão de utilizar mais carvão para poupar gás, o que representaria 15% da eletricidade produzida em 2021.
Berlim anunciou também que a empresa estatal KfW tinha aberto uma linha de crédito de 15 biliões de euros para financiar a compra de gás, cujos preços dispararam.
O comissário da União Europeia (UE) para o Clima anunciou nesta quinta-feira (23) que há cerca de uma dúzia de países da UE afetados pelos cortes de fornecimento do gás russo e dez subiram já o nível de alerta para o abastecimento e poupança do gás. RDP1/RTP

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Escrito por: África 21 Digital

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