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Presidente são-tomense pede ao povo que “não se divorcie da democracia”

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São Tomé vai a votos este domingo. “Não renunciemos ao nosso direito e dever que é votar”, apelou o Presidente da República são-tomense, Carlos Vila Nova. 


África 21 Digital com Lusa



O Presidente da República de São Tomé e Príncipe apelou este sábado ao voto nas eleições legislativas, autárquicas e regionais que decorrerão este domingo, pedindo aos são-tomenses que “não se divorciem da democracia” e que mantenham “calma e serenidade” no período pós-eleitoral.

“O mundo vive neste momento uma inequívoca onda de descrédito na política e na forma convencional de se fazer política. Entre nós também cresce o ceticismo. Algo normal! O que não pode ser normal é negarmos esta realidade e não refletirmos o que cada um deve e pode fazer melhor e diferente. Mas esta reflexão não pode ser feita à custa de nos divorciarmos e abandonarmos a democracia”, disse Carlos Vila Nova, numa mensagem à nação na véspera das eleições.

“Felizmente vivemos num país onde podemos votar e onde podemos escolher quem nos governa. Haverá, e temos certamente, muitas imperfeições, mas não renunciemos ao nosso direito e dever que é votar”, salientou.

O chefe de Estado são-tomense fez ainda um apelo para que “a calma e a serenidade que todos demonstraram nestes dias de campanha se mantenham e continuem no período pós-eleitoral”.

“Não deixemos que as diferenças nos separem como são-tomenses”, pediu.

As legislativas de 2018 ficaram marcadas por cenas de violência na capital, no dia após as eleições, com intervenção da polícia de choque sobre um grupo de manifestantes que queimaram o carro de uma juíza que procedia à contagem de votos.

No ato eleitoral deste domingo, cerca de 123 mil eleitores vão eleger os 55 deputados à Assembleia Nacional, os nove membros da Assembleia Regional do Príncipe e os membros das seis assembleias distritais.

Pela primeira vez, este ano, lembrou o Presidente, também os emigrantes na Europa e em África vão poder eleger deputados (um em cada círculo).

“Estou muito satisfeito com esta novidade, porque sei que os nossos emigrantes partiram, na maioria, por razões económicas, mas continuam cidadãos ativos que querem continuar a ter voz no futuro do seu país”, afirmou.

Por outro lado, Carlos Vila Nova recordou que São Tomé e Príncipe “pertence orgulhosamente ao grupo das nações democráticas do mundo” e é “uma referência marcante” no continente africano.

“Temos de prosseguir afincadamente nessa via”, sublinhou.

Vila Nova destacou ainda o apoio de países parceiros e organizações internacionais para a realização destas eleições, deixando um “agradecimento especial” a Portugal, Japão, Nigéria, França, União Europeia e Nações Unidas.

Dirigiu também um “agradecimento e encorajamento” a todos os envolvidos no processo eleitoral, nomeadamente os membros de mesa, delegados, jornalistas, forças de defesa e segurança, membros e funcionários da Comissão Eleitoral, juízes, magistrados e professores de matemática.

“Vão ser muitas horas e uma grande responsabilidade”, disse.

O atual Governo, liderado por Jorge Bom Jesus, é composto por uma coligação entre Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe/Partido Social Democrata (MLSTP/PSD) e o bloco PCD/UDD/MDFM.

Na oposição, a Ação Democrática Independente (ADI), partido mais votado em 2018, volta a candidatar-se com o líder e ex-primeiro-ministro, Patrice Trovoada.

No total, 11 partidos e movimentos, incluindo uma coligação, concorrem às eleições legislativas deste domingo.


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Escrito por: África 21 Digital

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