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FMI revê em baixa a previsão de crescimento na Ásia-Pacífico

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) baixou a previsão de crescimento da região Ásia-Pacífico de 4,9% para 4% este ano, no último relatório apresentado.


África 21 Digital com Lusa



A decisão é justificada pelo impacto da guerra na Ucrânia, da situação económica na China e das restrições nas políticas monetárias globais.

O crescimento na Ásia-Pacífico vai abrandar não só este ano, de acordo com o relatório apresentado em Singapura, mas também em 2023, cuja previsão de crescimento na Ásia-Pacífico é agora de 4,3%, ou seja, 0,8 pontos percentuais abaixo da análise de abril.

“A forte recuperação da economia asiática no início do ano está a perder força, com um segundo trimestre mais fraco do que o esperado, bem abaixo da média de 5,5% das duas últimas décadas”, disse a diretora do FMI para a Ásia-Pacífico, Krishna Srinivasan, na apresentação do relatório.

“Apesar disto, a Ásia continua a ser um ponto relativamente brilhante numa economia global cada vez mais apagada”, acrescentou.

O FMI advertiu que, apesar de partir de uma posição mais dinâmica, o crescimento asiático deverá abrandar devido a três fatores principais: o aperto das políticas monetárias mundiais, a guerra na Ucrânia e o “forte abrandamento” da taxa de crescimento da China.

O principal impacto da guerra da Ucrânia surge na inflação dos preços das mercadorias. “A maioria – embora não todos – dos países asiáticos viram o seu comércio deteriorar-se e este tem sido um fator importante por detrás da depreciação das suas moedas”, acrescenta-se no relatório.

Já o momento da China, cujo crescimento é revisto em baixa, para 3,2% este ano, corresponde ao “segundo nível mais baixo desde 1977, refletindo o impacto da política de casos zero”, para enfrentar a pandemia de covid-19, e “a situação no setor imobiliário, que tem repercussões para o resto da Ásia devido às suas ligações comerciais e financeiras”.

O FMI recomendou que os países asiáticos permaneçam “firmes” no aperto das políticas monetárias para controlar a inflação, e avisou que, dada a sua dependência do comércio e os seus elos com a cadeia de abastecimento global, a região “tem muito a perder se o mundo se dividir em dois blocos comerciais”.


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Escrito por: África 21 Digital

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