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Adolfo Maria recebe passaporte angolano mais de oito anos depois do pedido

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O escritor e jornalista Adolfo Maria, combatente pela independência de Angola, radicado em Portugal há vários anos, na sequência da perseguição que lhe foi movida pelo regime do ex-presidente José Eduardo dos Santos, recebeu nesta quarta-feira (08), no consulado-geral de Angola em Lisboa, o passaporte angolano que pediu em fevereiro de 2010.


África 21 Digital


 

Em mensagem enviada ao África 21 Digital / Portugal Digital, Adolfo Maria manifesta o seu “júbilo” com a entrega do documento de viagem. “Recebi esta manhã (finalmente!) das mãos do cônsul geral de Angola em Lisboa, sr. Narciso do Espírito Santo Júnior, o meu passaporte, solicitado em Fevereiro de 2010”, escreve Adolfo Maria.

Natural de Luanda (1935), Adolfo Maria é um dos históricos do MPLA, tendo inciado, ainda jovem, a luta contra o colonialismo português.

Sofreu a primeira prisão pela Pide, a polícia política portuguesa, em 1959. Foi jornalista. Partiu em 1962 para Argel. Esteve ligado à II Região Político-militar do MPLA, durante a guerra de libertação nacional contra o colonialismo português.

Foi responsável pela estação de rádio Angola Combatente, do MPLA. No período pós-independência, devido às suas posições críticas dentro do partido no poder em Angola, foi alvo de perseguições. Vive exilado em Portugal.

Em junho de 2017, por ocasião da apresentação do livro “Joaquim Pinto de Andrade-Uma quase biografia”na Feira do Livro de Lisboa, Adolfo Maria, jornalista e autor de vários livros, lembrou vários combatentes do MPLA que, pelas mais diversas razões, foram hostilizados pelo regime do ex-presidente José Eduardo dos Santos.

Cabe às gerações atuais e futuras promover a reconciliação com a história, estudando os factos e vultos que foram fundamentais na conquista da independência e no desbravar do caminho para um país democrático que a todos proporcione liberdade e um viver com dignidade”, disse Adolfo Maria ao encerrar a apresentação do livro.

 


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Escrito por: África 21 Digital

Último Comentário

  • Saudemos as boas notícias, sempre tão raras.
    Boa-sorte ao autor de Naquele Dia – Naquele Cazenga, que saber e coragem tem de sobra.
    Haja esperança em Angola
    António Melo

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